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CRIMES POLICIAIS: Polícia Federal prende Policial Militar e 11 pessoas em operação contra comércio ilegal

Atualizado: 2 de abr.

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (27), 1 policial militar na 2ª fase da Operação Libertatis, que combate a máfia do cigarro no Rio de Janeiro
Foto/Divulgação: Instalações onde paraguaios viviam em condições precárias na Baixada Fluminense
Foto/Divulgação: Instalações onde paraguaios viviam em condições precárias na Baixada Fluminense

 — Adauto Jornalismo


Entre os alvos está o contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, que estava foragido da Justiça por outros crimes. É cada vez mais corriqueiro a participação de policiais militares em organizações criminosas.


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A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (27) 12 pessoas na 2ª fase da Operação Libertatis, contra a máfia do cigarro do RJ. O contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, foragido da Justiça por outros crimes, é um dos alvos. A PF descobriu que o grupo criminoso mantinha pessoas em trabalho análogo à escravidão.


Agentes saíram para cumprir 21 mandados de prisão preventiva, 26 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de medida cautelar no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.


A investigação é resultado de um trabalho integrado entre a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (CIFRA) – órgão integrante da SEPOL/PCERJ – e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP/MJSP), que contou com o apoio da Receita Federal.


Além dos mandados judiciais, também foram emitidas ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens, avaliados em cerca de R$ 350 milhões. Dentre eles estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie e valores depositados em contas bancárias.


Na residência de um dos alvos, em Duque de Caxias, agentes apreenderam R$ 48 mil.


Onde foram realizadas as prisões:


2 (1 casal) em São Pedro da Aldeia;

1 PM, em Bonsucesso, no 22º BPM;

1 em Serra, no Espírito Santo;

1 em Magé;

1 em Nova Friburgo;

6 na cidade do Rio de Janeiro (Cachambi, Jacarepaguá, Ilha do Governador, Barra da Tijuca e Campo Grande).


Paraguaios em condições sub-humanas


A investigação começou há 2 anos, em decorrência da descoberta de 3 fábricas clandestinas de cigarros e do resgate de inúmeros trabalhadores paraguaios em condições sub-humanas na 1ª fase da Operação Libertatis, deflagrada pela PF na Baixada Fluminense em março de 2023.


“O grupo criminoso envolvido falsificava e comercializava os cigarros que produzia com o emprego de embalagens falsas, trabalho análogo à escravidão, tráfico de pessoas e imposição de violência e terror para que comerciantes de regiões dominadas pela organização fossem obrigados a revender apenas o cigarro fornecido pelo grupo investigado”, informou a PF.


Conforme apontado em outra operação deflagrada pela Polícia Federal, a Smoke Free, em novembro de 2022, essa mesma organização criminosa contava com uma célula de serviço paralelo de segurança, coordenada por um policial federal e integrada por policiais militares e bombeiros, que também atuavam em outros serviços ilegais de acordo com os interesses do grupo.


“Além disso, integrantes de uma outra célula da organização criminosa eram os responsáveis pelo fornecimento de insumos, maquinários e mão de obra escrava oriunda do Paraguai, que eram empregados na produção clandestina dos cigarros no RJ e em outras unidades federativas”, emendou.


Ainda de acordo com a PF, um policial rodoviário federal “escoltava” cargas a fim de “assegurar a entrega segura” — esse patrulheiro foi afastado da função e teve a arma funcional apreendida. A renda obtida com a venda dos cigarros era lavada ou enviada a contas no exterior.


“O modus operandi dessa organização criminosa, no que diz respeito ao domínio de regiões e imposição de violência e terror, é o mesmo empregado pelos grupos que exploram o jogo ilegal no RJ”, destacou.


Os investigados poderão responder pela prática dos seguintes crimes: organização criminosa; redução a condição análoga à de escravo; tráfico de pessoas; crime contra a saúde pública; fraude no comércio; sonegação por falta de fornecimento de nota fiscal; crime contra a relação de consumo; falsificação e uso de documento falso; violação de direito autoral; lavagem de dinheiro; e evasão de divisas.


A investigação é resultado de um trabalho integrado entre a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra/Polícia Civil do RJ) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, que contou com o apoio da Receita Federal.




 
 
 

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