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Dona do Facebook, Instagram e WhatsApp tentou prejudicar ex-funcionária, mas se ferrou

Meta tentou censurar livro de ex-funcionária, mas acabou impulsionando suas vendas

Imagem/Reprodução: Logomarca da Meta
Imagem/Reprodução: Logomarca da Meta

As redes sociais se tornaram numa espécie de incubadora de golpistas, criminosos e tarados de todos os espectros virtuais e reais que vão desde adolescentes criadoras de "conteúdos" até complexas organizações criminosas. A Meta especialmente, funciona favorecendo e possibilitando a espionagem, extorsão, golpes passionais, financeiros e até assassinatos.


Mas a Meta, a mãe de todas as redes sociais persegue pessoas e organizações de de alguma forma vão de encontro aos seus interesses, um dos exemplos disso é a perseguição empreendida pela Meta, contra uma ex-funcionária que escreveu um livro mostrando os meandros de uma das maiores organizações criminosas virtuais e reais do mundo.


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Mas a Meta enfrentou um efeito bumerangue ao tentar impedir a promoção de um livro de memórias escrito por uma ex-funcionária. Na semana passada, a empresa obteve uma decisão judicial que impedia Sarah Wynn-Williams de promover seu livro Careless People: A Cautionary Tale of Power, Greed, and Lost Idealism (Pessoas descuidadas: um conto preventivo sobre poder, ganância e idealismo perdido), mas a estratégia legal gerou resultado oposto ao pretendido, catapultando a obra para os rankings de mais vendidos.


Lançado em 11 de março de 2025, o livro relata a experiência da autora durante seus anos de trabalho na Meta, entre 2011 e 2017. Wynn-Williams apresenta críticas contundentes à liderança da empresa, abordando questões como a propagação de desinformação e supostas relações com regimes autoritários. A tentativa de censura acabou funcionando como poderosa ferramenta de marketing, elevando rapidamente o livro à terceira posição entre os mais vendidos da Amazon.


A ação judicial baseou-se na acusação de que a ex-funcionária violou um acordo de não depreciação assinado com a empresa. Como resultado, um árbitro emitiu uma ordem temporária proibindo Wynn-Williams de promover ou distribuir pessoalmente sua obra. A Meta, por sua vez, classificou o conteúdo do livro como uma mistura de acusações desatualizadas e falsas alegações sobre seus executivos.


O caso ilustra um fenômeno conhecido na indústria editorial: tentativas de censura frequentemente amplificam a visibilidade e o interesse público por conteúdos controversos. Além de figurar entre os best-sellers da Amazon, “Careless People” lidera atualmente a categoria de Política e Ciências Sociais na plataforma, demonstrando forte apelo entre leitores interessados em questões sociotecnológicas.


Na plataforma Goodreads, especializada em avaliações literárias, o livro já acumula mais de 300 avaliações com média de 4,56 estrelas, um número expressivo considerando seu lançamento recente. Diversos leitores mencionaram explicitamente que decidiram adquirir a obra precisamente devido à tentativa da Meta de silenciá-la. Aproximadamente 12.800 pessoas marcaram o livro como desejado, indicando potencial para crescimento contínuo nas vendas.


Este episódio se soma a outros casos históricos em que tentativas de suprimir informações geraram maior curiosidade pública, criando o chamado “efeito Streisand” – fenômeno em que esforços para ocultar informações acabam amplificando sua disseminação. Para a Meta, que buscava minimizar danos reputacionais, a estratégia jurídica resultou em atenção elevada justamente para as alegações que pretendia afastar do debate público.


Agora até eu fiquei com vontade de ler este livro!






 
 
 

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