CRIMES POLICIAIS: A corregedoria indiciou 17 PMs presos por suspeita de envolvimento no assassinato do delator do PCC
- adautoribeirorepor
- 4 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de fev.

Nos próximos dias, Corregedoria deve concluir o inquérito e encaminhar o relatório final à Justiça Militar; provas também serão compartilhadas com o Departamento de Homicídios (DHPP), que apura o assassinato de Vinícius Gritzbach.
A Corregedoria da Polícia Militar indiciou nesta quinta-feira (30) todos os 17 policiais militares suspeitos de participação no assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do PCC que foi morto a tiros na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana da capital.
O caso aconteceu em novembro do ano passado, e todos os 17 envolvidos já estão presos. O interrogatório dos policiais começou às 11h desta quinta (30) e se estendeu durante quase toda a tarde.
Os 13 PMs que faziam a escolta de Vinícius Gritzbach e um tenente que ajustava a escala de trabalho deles, para que pudessem prestar serviço particular para o delator, foram indiciados por organização criminosa;
Já os três suspeitos de terem participação direta no assassinato também vão responder por se reunirem em grupo para praticar atos de violência, crime previsto no Código Penal Militar.
O cabo Denis Martins e o soldado Ruan Silva Rodrigues — são apontados como os assassinos de Gritzbach — e, ainda, o tenente Fernando Genauro da Silva, que teria dirigido o carro que levou os atiradores ao aeroporto. Os três negaram qualquer participação no crime.
Depoimento
Um detalhe trazido pelo tenente Genauro chamou a atenção dos investigadores: ele afirma que, por lidar com criptomoedas de forma amadora, foi procurado, no ano passado, pelo tenente Garcia, envolvido na escolta de Gritzbach, para uma reunião com policiais civis.
Seria para discutirem como ajudar um conhecido deles, que tinha cerca de R$ 50 milhões em criptomoedas, mas não estava conseguindo acessar o dinheiro.
Ao ser questionado sobre quem seria esse conhecido, o tenente Genauro apontou o nome de Danilo Lima Silva, que trabalhava como uma espécie de secretário de Vinícius Gritzbach.
Inquérito
Nos próximos dias, a Corregedoria da PM deve concluir o inquérito e encaminhar o relatório final à Justiça Militar. As provas obtidas pelas equipes da Corregedoria também serão compartilhadas com o Departamento de Homicídios (DHPP), que apura o assassinato do delator do PCC.
No inquérito do DHPP, que apura o homicídio, foram incluídas nesta semana fotos de perfil que, de acordo com a polícia, reforçam a hipótese da participação do soldado Ruan no crime.
A primeira imagem foi feita na delegacia, com ele já preso. A segunda é da câmera de segurança do ônibus onde dois suspeitos de matar Gritzbach entraram após o crime. O relatório destaca "semelhança de nariz, olhos, orelha e entradas na testa, de calvície”.
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Ao todo, até agora, 27 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach — além dos 17 PMs, cinco policiais civis, um advogado, dois empresários e duas pessoas ligadas ao olheiro Kauê, aquele que avisou aos assassinos que o delator já tinha desembarcado e estava indo em direção do local do crime.
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