CRIMES POLICIAIS — Denúncia aponta que PMs presos recebiam propina de milicianos, chamados de ‘melecas’
- José Adauto Ribeiro da Cruz
- 14 de ago.
- 2 min de leitura

Esquema de propina no 39º BPM: áudios revelam coleta semanal e disputa por padrinhos
Adauto Jornalismo Policial*
Áudios e mensagens de celular obtidos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) escancararam o esquema de propina que levou à prisão de 10 policiais militares nesta quinta-feira (14), na 3ª fase da Operação Patrinus.
Segundo a denúncia, PMs do 39º BPM (Belford Roxo) recebiam dinheiro de milicianos da região de Itaipu para ignorar suas atividades. A cobrança era semanal — feita em horário de expediente, com farda, viatura e armamento oficial.
Coleta nas “melecas” e divisão do dinheiro
Em uma gravação, um policial detalha a coleta em áreas dominadas por milicianos, chamados de “melecas”:
O MPRJ afirma que os “melecas” também pagavam propina aos PMs.
Lista de “padrinhos” e valores semanais
Comerciantes, mototaxistas e prestadores de serviço eram chamados de “padrinhos”. Seus nomes e valores pagos apareciam em uma espécie de planilha informal.
Os valores chegavam a R$ 450 por semana, e havia disputa entre setores do batalhão pelos pontos de arrecadação:
Histórico da Operação Patrinus
• Maio de 2024: 13 PMs presos por vender armas e drogas apreendidas
• Julho de 2025: 9 PMs presos por fazer segurança privada armada durante o expediente
• Agosto de 2025: nova fase prende 10 PMs por envolvimento direto com milicianos
O MPRJ classificou o esquema como uma “subversão da lógica da segurança pública”, afirmando que alguns policiais “se comportavam mais como milicianos do que como agentes da lei”.
* Com recursos de Inteligência Artificial
REFERÊNCIAS:
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