CRIMES POLICIAIS — Perícia aponta que pistolas de suspeitos presos pela morte de policial civil em Niterói foram usadas no crime
- adautoribeirorepor

- 7 de out.
- 4 min de leitura

Adauto Jornalismo Policial*
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou, na terça-feira (7), que duas pistolas foram utilizadas na execução do policial civil Carlos José Queiroz Viana, de 59 anos, em Niterói.
A conclusão decorre de exames balísticos realizados pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, que identificaram disparos provenientes de duas das três armas apreendidas — duas pistolas calibre 9mm e uma calibre .40.
Elementos da Investigação
• Armas envolvidas: A perícia confirmou que duas das três armas apreendidas foram disparadas no momento do crime. A investigação agora busca determinar se essas armas também foram utilizadas em outros homicídios ou ações criminosas.
• Imagens e monitoramento: A polícia está em busca de novas imagens que possam esclarecer a dinâmica da execução. Já se sabe que os autores estiveram no local na véspera do crime, o que reforça a hipótese de que o policial foi previamente monitorado.
• Local e circunstância do crime: Carlos Viana, lotado na Delegacia de Madureira, foi morto por volta das 7h da manhã de segunda-feira (6), enquanto amarrava uma sacola de lixo em frente ao portão de sua residência, na Rua Correa de Araújo.
Dinâmica da Fuga e Prisões
• Veículo utilizado: O carro branco usado na execução foi identificado por câmeras do Centro Integrado de Segurança Pública de Niterói. Após o crime, os criminosos fugiram em direção à Baixada Fluminense, sendo monitorados até Duque de Caxias.
• Descarte do veículo: O automóvel, que era roubado, foi encontrado incendiado em um terreno baldio em Xerém.
• Prisões: Próximo ao local, três suspeitos foram presos, incluindo dois cabos da Polícia Militar:
• Mayck Junior Pfister Pedro
• Fábio de Oliveira Ramos (3º BPM – Méier)
• Felipe Ramos Noronha (15º BPM – Duque de Caxias)
Provas e Desdobramentos
• Celulares apreendidos: Quatro aparelhos foram confiscados e estão sendo analisados.
• Placas clonadas: A polícia investiga se as placas clonadas encontradas em outro veículo utilizado pelos criminosos foram empregadas em outros crimes.
• Depoimentos: Os suspeitos optaram por permanecer em silêncio durante os depoimentos na delegacia.
Vamos aprofundar os dois aspectos centrais: o impacto institucional e o uso de tecnologia na investigação do assassinato do policial civil Carlos José Queiroz Viana.
Uso de Tecnologia na Investigação
Esse caso levanta preocupações sobre o envolvimento de agentes públicos em crimes graves e reforça a complexidade das investigações que envolvem organizações criminosas com acesso a recursos logísticos e armamentos.
Impacto Institucional
O envolvimento de agentes da própria segurança pública — dois cabos da Polícia Militar — como suspeitos na execução de um policial civil representa um abalo profundo nas estruturas institucionais. Esse tipo de ocorrência gera múltiplas repercussões:
1. Crise de Confiança
• A sociedade tende a desconfiar da capacidade das instituições de segurança em proteger os próprios agentes e, por extensão, os cidadãos.
• A presença de policiais militares entre os suspeitos levanta questionamentos sobre corrupção, milícias e redes criminosas infiltradas nas forças de segurança.
2. Conflito Interinstitucional
• A investigação conduzida pela Polícia Civil sobre membros da Polícia Militar pode gerar tensões entre corporações, especialmente se houver resistência à colaboração ou tentativas de obstrução.
• Casos como esse exigem atuação firme e transparente das corregedorias e do Ministério Público para evitar corporativismo.
3. Pressão por Reformas
• A exposição de agentes envolvidos em crimes pode acelerar discussões sobre controle externo da atividade policial, uso de câmeras corporais, rastreamento de armas e maior fiscalização sobre condutas operacionais.
Uso de Tecnologia na Investigação
A investigação do caso demonstra um uso estratégico de recursos tecnológicos, que têm se tornado indispensáveis na elucidação de crimes complexos:
1. Monitoramento por câmeras
• O uso de câmeras do Centro Integrado de Segurança Pública de Niterói foi crucial para rastrear o veículo utilizado na fuga.
• A tecnologia permitiu identificar o trajeto dos criminosos até Duque de Caxias, revelando padrões de deslocamento e facilitando a prisão dos suspeitos.
2. Perícia balística
• A análise técnica das armas apreendidas permitiu determinar quais foram disparadas no crime, conectando evidências físicas ao ato criminoso.
• Essa perícia também abre caminho para cruzamento com outros casos, ampliando o alcance da investigação.
3. Análise de celulares
• Os quatro celulares apreendidos serão submetidos à extração de dados, o que pode revelar comunicações, localização, redes de contato e possíveis vínculos com outras ações criminosas.
• Softwares de inteligência artificial e análise forense digital são frequentemente utilizados para acelerar esse processo e identificar padrões ocultos.
4. Reconhecimento de Placas e Veículos
• A identificação de placas clonadas e o rastreamento de veículos roubados demonstram a importância de sistemas automatizados de leitura de placas (OCR) e bancos de dados integrados.
Como Denunciar?

O disque denúncia 181 funciona com uma central de atendimento unificada, que funciona 24 horas por dia para atender à população
Cada denúncia registrada é encaminhada para a equipe responsável, seja da Polícia Civil, Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros.
O informante não precisa se identificar e a ligação será mantida em sigilo. Na conversa, o denunciante recebe uma senha para acompanhamento da investigação e, depois de três meses, pode solicitar, pelo mesmo número, informações sobre o andamento das apurações.
O foco do serviço é o atendimento de denúncias anônimas que resultem em investigação, e não de situações emergenciais, explica a Sejusp. Nesses casos, é possível acionar os números 190 (Polícia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros) e 197 (Polícia Civil).
* With AI Copilot support provided by Microsoft
REFERÊNCIAS:
@viesmilitar
@jovempannews




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