EUA inclui Brasil na lista de alvos narcoterroristas
- adautoribeirorepor

- 7 de out.
- 3 min de leitura
Trump declara guerra aos cartéis e inclui facções brasileiras como alvos prioritários, gerando alerta máximo em Brasília.
Adauto Jornalismo Policial* com informações do canal @canalmilitarizandoomundo
A política externa dos Estados Unidos sob Donald Trump deu uma guinada dramática em 2 de outubro de 2025, quando o presidente declarou publicamente que o país está em conflito armado não internacional contra cartéis e facções criminosas transnacionais.
Em um discurso inflamado na Virgínia, Trump classificou essas organizações como “combatentes ilegais” e prometeu caçá-las “do México à costa da Venezuela e além”.
Essa declaração foi seguida por um memorando presidencial enviado ao Congresso, autorizando ações militares como ataques letais, detenções sem julgamento e intervenções em portos e aeródromos estrangeiros, sob o pretexto de combater o narcoterrorismo.
Para o Brasil, o impacto é imediato e preocupante. O Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) foram incluídos na lista de alvos prioritários de Washington, ao lado de seis cartéis mexicanos e do Trem de Arágua, da Venezuela, já designados como organizações terroristas em fevereiro.
Em Brasília, o governo Lula reagiu com reuniões de emergência no Palácio do Planalto. A preocupação não é apenas diplomática, mas estratégica: uma eventual designação formal do PCC e do CV como organizações terroristas pelos EUA — prevista para os próximos 6 a 8 meses — abriria caminho para sanções financeiras, congelamento de ativos e até operações militares unilaterais ou conjuntas.
A situação se agrava com declarações do vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, que acusou diretamente o Partido dos Trabalhadores de proteger facções criminosas.
A tensão diplomática se intensifica, especialmente após a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, vista por aliados de Trump como perseguição política a um parceiro ideológico.
O PCC, considerado a maior organização criminosa da América Latina, movimenta bilhões de dólares por ano, com operações em pelo menos 12 estados americanos e alianças com cartéis como o de Sinaloa.
Recentemente, foi ligado à adulteração de bebidas com metanol e ao assassinato do ex-delegado Rui Ferraz Fontes.
Enquanto isso, o governo brasileiro mantém uma postura defensiva, recusando-se a adotar a mesma designação terrorista para essas facções.
Lula argumenta que crime organizado não deve ser confundido com terrorismo, e critica a presença militar americana no Caribe como uma ameaça à soberania regional.
Mas analistas alertam: essa hesitação pode ser interpretada como cumplicidade. Relatórios da Eurasia Group e da Brookings Institution apontam o Brasil como elo frágil na luta contra o crime transnacional, com portos e rotas fluviais vulneráveis à infiltração criminosa.
Com drones americanos sobrevoando o Atlântico Sul e navios posicionados no Caribe, o Brasil enfrenta um dilema: alinhar-se à cruzada contra o narcotráfico ou arriscar tornar-se palco involuntário de uma guerra que já começou.
* With AI Copilot support provided by Microsoft
REFERÊNCIAS:
@viesmilitar
@jovempannews




Comentários