Pesquisadora chinesa foi presa pelo FBI por contrabandear fungo perigoso para os Estados Unidos
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- há 25 minutos
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Adauto Jornalismo Policial
Uma pesquisadora chinesa foi presa pelo FBI (a polícia federal americana) por contrabandear para os Estados Unidos um fungo capaz de destruir lavouras e envenenar alimentos.
A mulher foi identificada como Yunqing Jian. O episódio foi anunciado na noite da última terça-feira (3). O caso é visto como uma das mais graves ameaças à segurança alimentar dos EUA nos últimos anos.
Chinês é preso por conspiração ao tentar entrar nos EUA com fungo com potencial de 'agroterrorismo', diz FBI
O governo dos Estados Unidos afirmou ter prendido um pesquisador da China tentou entrar nos EUA com um fungo causador de doenças em plantações de grãos e cereais e que pode ser usado como "arma de agroterrorismo".
Washignton acusou ainda o pesquisador e outra cidadã chinesa supostamente envolvida no caso de terem "jurado lealdade" ao Partido Comunista Chinês. Os dois foram acusados pela Promotoria dos EUA de conspiração, contrabando de mercadorias e fraude.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, o fungo que eles tentaram contrabandear foi identificado como Fusarium graminearum, um patógeno que, segundo Washington, foi classificado na literatura científica como uma potencial arma de agroterrorismo.
Em um comunicado, o Departamento de Justiça afirmou que o fungo causa fusariose, uma doença em plantações como arroz, trigo, cevada e milho e é responsável por "bilhões de dólares em perdas econômicas em todo o mundo a cada ano".
O patógeno também pode atingir humanos e causar sintomas como diarréia e vômito, disse o FBI, que acusou o governo chinês de estar por trás do episódio.
"Este caso é um lembrete preocupante de que o PCC está trabalhando incansavelmente para enviar agentes e pesquisadores para se infiltrar em instituiçõesnorte-americanas e atingir nosso suprimento de alimentos, o que teria consequências graves... colocando vidas americanas e nossa economia em sério risco'", disse o diretor do FBI, Kash Pattel.
O Departamento de Justiça dos EUA afirmou que o jovem que tentou contrabandear o fungo é um pesquisador de uma universidade da China e que levou o fungo aos EUA ao visitar sua namorada, que vive nos Estados Unidos.
O episódio ocorreu em julho de 2024 no aeroporto de Detroit, ainda de acordo com Washington, mas só foi divulgado nesta semana, após exames revelarem a natureza do fungo.
A denúncia da Promotoria apresenta à Justiça afirma que o pesquisador chinês admitiu ter contrabandeado o fungo, mas afirmou que seu objetivo era realizar pesquisas sobre o patógeno em um laboratório da Universidade de Michigan, onde sua namorada trabalhava
Atualização
O diretor do FBI, Kash Patel, anunciou nesta terça-feira, 3, que interceptou dois pesquisadores chineses no Aeroporto Metropolitano de Detroit contrabandeando um "patógeno biológico perigoso" para os Estados Unidos para estudar no laboratório da Universidade do Michigan.
"Este caso é um lembrete preocupante de que o Partido Comunista Chinês continua a enviar agentes e pesquisadores para se infiltrar em nossas instituições e atingir nosso suprimento de alimentos, um ato que pode paralisar nossa economia e colocar em risco vidas americanas", disse Patel à Fox News em um comunicado.
A pesquisadora de Michigan, Yunqing Jian, e seu namorado, Zunyong Liu, ambos cidadãos chineses, foram acusados de conspiração, contrabando de mercadorias para os EUA, declarações falsas e fraude de visto, anunciou o procurador para o Distrito Leste de Michigan nesta terça-feira.
O casal é acusado de contrabandear um fungo chamado Fusarium graminearum, que a literatura científica classifica como uma "arma potencial de agroterrorismo", segundo o Departamento de Justiça.
"O contrabando de um conhecido agente de agroterrorismo para os EUA não é apenas uma violação da lei, é uma ameaça direta à segurança nacional. Eu elogio a Divisão de Detroit do FBI e nossos parceiros do CBP por impedir essa ameaça biológica antes que ela pudesse causar danos reais", acrescentou Patel.
Os promotores federais observaram que o fungo nocivo causa "ferrugem na cabeça", uma doença do trigo, cevada, milho e arroz, além de ser "responsável por bilhões de dólares em perdas econômicas em todo o mundo a cada ano".
O Departamento de Justiça também diz que as toxinas do fusarium graminearum causam vômitos, danos ao fígado e "defeitos reprodutivos em humanos e gado".
Os promotores afirmam que encontraram no computador de JIan informações "descrevendo sua filiação e lealdade ao Partido Comunista Chinês", além de constatar financiamento do Partido para trabalhar com o patógeno.
"As supostas ações desses cidadãos chineses - incluindo um membro leal do Partido Comunista Chinês - são das mais graves preocupações de segurança nacional", disse o procurador dos EUA Jerome Gorgon em um comunicado.
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